A gente é muito hardcore.

Posts marcados ‘saudade’

Pessoas vêm e vão, acostume-se…

Difícil acreditar que você deixou de fazer parte das minhas prioridades, tínhamos tantas afinidades. Até pouco tempo você estava nos trends topics do meu coração, mas como tudo na vida passa você também passou, uma pena…

Já perdi as contas de quantos amores eternos e melhores amigos verdadeiros eu já tive e que atualmente não passam de feeds do facebook que não me causam nenhum efeito e talvez na melhor das hipóteses mensagens de feliz aniversário, manda um beijo para sua família e vamos marcar alguma coisa qualquer dia. Quando a gente liga a maquininha do tempo que arquiva as memórias é estranho entender que até pouco tempo atrás aquelas pessoas que representavam muita coisa hoje em dia não passam de boas memorias e só.

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Juro que algumas dessas eu gostaria de ter levado comigo para “sempre”, que gostaria de rir junto um pouco mais, que gostaria que fossem mais presentes, mas uma coisa é fato, o corre corre do dia a dia mina as relações, nossas prioridades mudam, objetivos também, e as pessoas acabam indo conforme a maré, por fim só sobrevive a essa guerra urbana e corrida aquelas relações que de fato tem peso na nossa vida, que dão suporte para seguirmos adiante, aquelas que estão sempre presentes mesmo de longe,  aquelas que não precisamos ver todos os dias, mas que quando encontramos percebemos que nada mudou.

Antes eu precisava de várias mãos para conseguir contar a quantidade de amigos, hoje acho que uma mão já basta para enumerar os essenciais. E tenho a impressão que com o passar dos anos esses números vão ficando cada vez mais escassos, em contrapartida, tem o novo, aqueles que esbarram a vida deles na nossa meio que sem querer e vão ficando, ficando e ficando.

No fim das contas eu até gosto dessa diversidade, dessas passagens, confesso que gosto mais das vindas do que das idas, mas vou seguindo com a certeza de que cada pessoa que passou deixou alguma coisa que fez com que eu me tornasse a pessoa que sou, e sou imensamente grata pela quantidade de memórias e saudade que deixaram. E fico aqui torcendo para que cada vez mais pessoas cheguem e fiquem e se não conseguirem ficar, deixem sua marquinha nas minhas lembranças…

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Sou uma interrogação, poxa…

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Sou assim, inconstante, hoje eu quero, amanhã não, depois de amanhã talvez. Difícil conseguir lidar comigo, às vezes nem eu mesma consigo. Não dá para acompanhar direito essa montanha russa de vontades ,sentimentos e conflitos.

Poderia transferir a culpa para você e dizer que o fato da gente não ter dado certo foi algo que você fez ou deixou de fazer, só que não, é covardia agir dessa forma quando eu tenho certeza que a culpa foi toda minha.

Talvez tenha faltado um pouco mais de vontade, mas como vou provar que quero muito alguma coisa, se nem mesmo eu sei o que eu quero, bizarro. Meu cérebro é condicionado a executar tarefas por partes, dessa forma, a primeira etapa é decidir.  Sabe aquela música do Djavan “Você disse que não sabe se não, mas também não tem certeza que sim…”, tenho certeza que ele fez para alguém muito problemático, tipo eu…

Acho que talvez a grande questão seja saber priorizar, borboletas no estômago ou ter algo sólido e seguro. Acho que a sociedade atual tem se alimentado de relações descartáveis que se intitula e sobrevive de postagens no facebook e fotos felizes no instagram, de emoções não duráveis, daquele tipo que na primeira dificuldade que surge, desavença, questionamento ou conflito de opiniões simplesmente pula fora do barco, mesmo que precise nadar contra a corrente ou pegar carona no barco de outra pessoa momentaneamente. Acho que talvez eu tenha adquirido essa cultura e provavelmente você também.

Vou abrir o jogo com você, sou do tipo que mostra firmeza e segurança, mas que na verdade é extremamente frágil, do tipo que não liga no dia seguinte e não pergunta como foi o seu dia, mas espera veemente que você faça o oposto, do tipo que fica analisando cada detalhe e não esquece absolutamente nada do que você diz ou faz mesmo mostrando um total desligamento e distração da realidade, do tipo que nunca diz eu te amo simplesmente porque acha uma bobagem dizer e acha um absurdo afirmar algo que realmente não sabe se sente de verdade, do tipo que não gosta de rótulos sociais que não se importa com o fato de dizer que está em um relacionamento ou não quando os únicos interessados são as duas pessoas envolvidas e o resto não tem nada a ver com isso, do tipo que não faz muita questão de declarações de amor eterno, nem que você viva em função de mim e menos ainda que me ame para sempre, mas deseja com todas as forças que mesmo que a gente nunca mais se encontre seja alguém que tenha feito alguma diferença, que não tenha sido mais uma, e que você lembre com saudade ou com ternura dessa louca que bagunçou a sua vida.