A gente é muito hardcore.

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Apenas um contentamento descontente…

Ela abriu os olhos e demorou alguns segundos para se dar conta de onde estava, levantou-se da cama e se esforçou ao máximo para não fazer muito barulho, ficou observando ele dormir por alguns segundos, depois correu os olhos pelo quarto e lá estavam os copos com restos de alguma bebida e as guimbas de cigarro, apenas vestígios da noite passada. Cogitou a possibilidade de ficar mais um pouco, mas precisava ir, sem despedidas é melhor.

Não foi uma dessas transas casuais onde as pessoas se conhecem, transam e fim. Também não foi um desses relacionamentos duradouros, nem chegaram a namorar, nada avassalador que fizesse com que os pés saíssem do chão, mas ao menos renderam algumas borboletas no estômago, um encantamento repentino que surge com a mesma rapidez e intensidade com que vai se esvaindo no decorrer dos dias.

Um mundo novo ao qual ela apenas deu uma espiadela pela fresta de porta, achou interessante, mas descartou a possibilidade de entrar porta a dentro, preferiu continuar no seu cantinho. É mais fácil administrar as sensações antes de perder o controle delas, escolheu não ir longe demais, não se permitir. Não por medo ou covardia, apenas achou mais vantajoso sair de fininho antes que a magia acabasse e ele acordasse.

Despedida3

Já se passaram 30 minutos de filme e ninguém sabe quem é o ator principal.

E o filme começou a ser rodado, no decorrer da história o roteiro foi sendo readaptado de acordo com as adversidades que surgiam pelo caminho. Outro problema decorrente era a escalação para o ator principal, apesar dos testes realizados, tivemos que colocar alguns atores coadjuvantes com a esperança de que a química fosse recíproca para ambas as partes e enfim ele fosse escalado para o posto mais almejado do filme, a estrela da vida dela.

Bem essa é a sinopse da história, no alto de seus 20 e tantos anos, ela ainda está nos primeiros 30 minutos de seu filme, e o ator principal ainda não deu as caras. Talvez tenha surgido assim timidamente ou tão rápido que ela nem se deu conta de que poderia ter sido aquele carinha com quem esbarrou uma ou duas vezes no metrô, ou aquele outro com quem trocou alguns olhares durante uma palestra na semana passada.

Isso sem falar dos coadjuvantes que mexeram com todos os seus sentidos de diferentes formas, por algum tempo ela até cogitou a possibilidade de que talvez fosse ele, até os defeitinhos até pouco tempo despercebidos e irrelevantes se tornarem algo imensamente irritante, dois passos para o fim, dois beijinhos e um até logo, na cabeça a indagação: “Acho que não era ele”.

Tiveram aqueles também que simplesmente desistiram dela. Alguns por motivos óbvios, outros por motivos ainda desconhecidos. Talvez a química não tivesse batido e a fórmula do bolo ficou solada.  Esses renderam algumas dores do cotovelo, alguns até arrisco dizer que a fizeram soltar algumas lágrimas durante as madrugadas, ligações depois da noite de cachaça e sms equivocadas.

Mas a procura não cessa, à medida que o tempo vai passando a exigência vai aumentando, ela desistiu dos caras bonitões e burros, e os inteligentes demais a deixam intimidada. E finalmente ela percebe que não importa quando ou se o ator principal vai chegar o que vale e não deixar o filme parar de rodar e jamais virar expectadora da sua própria história, além do mais pouco importa quem será o ator quando a estrela do filme já é ela.

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Amor é igual orgasmo, cada um sente de um jeito…

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Certa vez ouvi alguém dizer que só é possível amar verdadeiramente uma pessoa na vida, na hora não dei muita atenção para o argumento, apesar de ter achado meio exagerado, mas depois, mas precisamente quando fui dormir comecei a questionar levando em consideração minhas próprias experiências… e quer saber, acho de verdade que é possível amar 1 milhão de pessoas diferentes durante a vida (nesse quesito não entra amor fraternal, se é que me entendem), talvez não do mesmo jeito, nem pelos mesmos motivos e muito menos com a mesma intensidade, até porque se tratam de pessoas diferentes, e até hoje não li nenhum texto e nunca ouvi ninguém definir o que é o amor exatamente, como dizem por ai, o amor é um sentimento sublime que não tem explicação rs*. Que seja…

Eu acredito que nada na vida é eterno, se nem mesmo nos humanos, duramos para sempre, porque o amor tem que durar? E porque a gente só pode sentir isso por uma pessoa?…  Imagina se a pessoa que você amou não correspondeu o sentimento, não é justo não amar mais ninguém na vida…

Voltando ao ponto inicial, não estou aqui querendo levantar a bandeira da poligamia ou do conheci ontem e hoje já estou amando enlouquecidamente, isso é maluquice e carência rs*… Na minha concepção o amor vem com o tempo, com a convivência, com o querer estar sempre junto, com o querer bem, independente da briga de ontem, com o beijo que faz o tempo parar, com o sexo com sentimento, com o abraço que acalma todas as angustias, com a parceria, com a cumplicidade, com a amizade e com mais um milhão de coisas que a gente só é capaz de perceber quando está vivenciando esse momento… Isso não significa que vai ser igual pra todo mundo, cada um sente de um jeito, cada um ama de um jeito. Também não é uma necessidade amar vários, se você deu sorte ou azar e achou o seu tal amor verdadeiro na primeira pessoa com quem ficou, então que seja “eterno”… Mas se o relacionamento acabou não significa que não houve amor ou que não deu certo, na verdade deu certo enquanto estiveram juntos, enquanto foi bom. Se terminou, com certeza, pode demorar ou não, você vai amar outra pessoa…

E assim funciona o ciclo na vida, tudo é válido como experiência e aprendizado, e no final o que resta são as lembranças, algumas boas outras nem tanto rs*.  O importante é amar ontem, hoje, amanhã e ser feliz…

Se jogar um toco de cima de um morro, rola ou não rola?

Certa noite me peguei questionando como é se apaixonar, amar ou ficar encantada por alguém, não sou nenhuma expert no assunto mas tenho certeza que são coisas distintas, talvez uma complemente a outra, tipo estágios, se encanta, se apaixona e no extremo total ama e no fim se for o caso “desama” rs*.

Bem, já que são estágios vamos falar então de um da cada vez começando pelo encanto, acho que essa parte é a mais divertida, é quando estamos conhecendo a pessoa, tudo é novidade, ficamos atento aos mínimos detalhes, cada gesto, prestamos atenção principalmente nas coisas em comum que aquela pessoa tem com a gente, nos interesses, nas qualidades. De início o encanto pode até parecer uma simples amizade tipo “ah fulano é legal, mas é só isso, nem tem nada de mais não”, isso até você mesmo começar a questionar o seu interesse em ter aquela pessoa por perto “será que é só amizade mesmo?”, ai em seguida dá aquela vontade de ver aquele amigo sempre, chamar para sair só para conversar mesmo, afinal fulano é tão legal, e ai você percebe que seu coração bate um pouquinho mais forte quando aquela pessoa está por perto. Opa esse é o passaporte de entrada para o segundo estágio.

É agora você está apaixonado, nesse estágio tudo sai um pouco do controle, começa a ficar ansioso, nervoso, tenso, estressado, triste, feliz, é uma vitamina de sensações e sentimentos, tem vontade de ver a pessoa o tempo todo, conversar horas pelo telefone e MSN. Quando se encontram seu coração acelera, você fica meio sem jeito, não sabe bem o que dizer e o que fazer, fica com um certo receio de parecer idiota demais ou oferecido demais enfim é um caos rs*. Se a criatura não dá sinal de vida um dia já se sente inseguro, se não aparece em dois dias começa a ficar triste, no terceiro já é desespero total. Começa a rondar na sua cabeça as famosas perguntas, será que a pessoa está afim de mim? O que será que eu fiz de errado? Até que fulano te liga, ai pronto, passagem direta para o céu, tudo lindo de novo, tudo perfeito, afinal o fulano é perfeito. E finalmente um “vamos namorar?” e ai começam um relacionamento.

Bem o terceiro estágio é bastante complexo, pois nem todo relacionamento tem amor e nem todo amor tem relacionamento, na verdade cada um interpreta o amor de uma forma diferente, até porque temos pontos de vista diferente, como o post é meu (só um pouquinho egoísta) vou descrever o que eu acho que é, se você não concordar exponha o seu ai nos comentários. Voltando ao assunto o amor para mim é companheirismo, é apoio, admiração, e você querer ver e fazer a pessoa feliz sem exigir nada em troca, não é condicionado, é puro, é uma sensação de querer sempre o bem, sem egoísmo, sem posse, o amor é banhado a amizade mais apesar disso vai muito além dela. Acho que fui um pouquinho poética na minha descrição, mas sei lá, acho que é assim, por isso acredito que o amor é uma construção, ele não vem de um dia para o outro, ele vai se solidificando com o tempo.

Se existe amor eterno eu não sei, mas como diz aquela música “o para sempre, sempre acaba” seguindo nessa linha de raciocínio e sendo realista o suficiente tendo em vista a sociedade atual chegamos ao “desamor”. Nesse momento a pessoa, o fulano, o seu antigo alvo de desejo e o seu amor para a vida inteira, agora é um ser insuportável, tudo que ele faz te irrita profundamente, até mesmo a forma como ele respira, as qualidades evaporaram e só os defeitos tem ênfase nesse momento, companheirismo já nem existe porque agora é cada um por si, diálogo só para se xingar e discutir, já deixaram de ser amigos faz tempo, e respeito já não faz parte do cardápio, e ai chegam ao limite ou se matam ou se separam. Bem pessoas sensatas se separam, mas tem aqueles psicopatas que resolvem se matar mesmo.

Triste isso né, mas fazer o que, acontece nas melhores e nas piores famílias, claro que esses estágios não são uma regra, cada um vive os momentos e sentimentos de um jeito, deve existir por ai um amor eterno que não seja momentâneo, tem gente que termina, mas continua amando e desejando o bem da outra pessoa e tem gente que decreta guerra total. Enfim, o importante e saber lidar com as situações e entender que na vida nada é totalmente certo ou eterno, as coisas mudam sempre, e ao final perceber que tudo valeu à pena porque mesmo quando erramos estamos aprendendo e experiências são sempre validas.

Então é isso, e ai preperado para iniciar os estágios ?? Vai que você está virando a esquina e dá um esbarrão no seu futuro amor/desamor e deixa cair os seus livros no chão e ele te ajuda a catar e ao final vão tomar um café juntos hahaha….

Falta de amor próprio a gente não vê por aqui…

Tem coisas que eu vejo que simplesmente não consigo entender. Não entra na minha cabeça o fato de algumas pessoas não conseguirem se desvencilhar do que já passou, ficam se afundando em prol de um relacionamento que já nem existe.

Ainda tem aqueles casos em que a parte “sofrida” tem o hábito de ficar assistindo como telespectador assíduo o que acontece na vida do outro, torcendo e esperando por uma oportunidade mínima que seja para entrar em cena, nem que seja por 5 segundos.

Não sei como alguém consegue viver desse jeito, a impressão que eu tenho é que esse tipo de pessoa realmente gosta de ser digno de pena. E o pior é quando dizem que isso é amor incondicional, na minha opinião isso é falta de vergonha na cara, sinto lhe informar, mas amor não é desse jeito, o nome disso é obsessão, que no dicionário traduz-se por: Idéia fixa / perseguição diabólica / importunação perseverante.

O fato é que o mundo é inteiramente grande e populoso, quando uma porta se fecha, sempre existem outras para serem abertas, temos um mundo de possibilidades. Por isso não vejo sentido no sofrimento, ficar triste por algo que acabou é natural, mas viver em função disso é maluquice.
Sei que é clichê, mas para surtir efeito e interesse em outra pessoa é preciso se aceitar, se gostar. Ninguém se interessa por pessoas sem brilho, com auto estima baixa, quem não se ama, fatalmente não é capaz de amar outra pessoa, digo isso no sentido literal.

Isso sem falar daqueles casos patéticos de pessoas que sentem prazer em infernizar a vida do “ex”, fazer birrinha e escrever recadinhos, por mais infantil que seja é até relevante. Pior são os casos extremos que levam a assassinatos, isso para mim é o cúmulo, como alguém é capaz de roubar a vida de outro ser humano por um motivo tão fútil?

A vida em sua filosofia é uma eterna metamorfose, estamos em constante mutação, se o indivíduo não evolui, ele fica para trás, essa é a ordem natural das coisas. Se você insiste em ser infeliz para ser feliz, sinto lhe informar, mas fatalmente continuará sendo infeliz.

Enquanto o sangue pulsa em suas veias há vida, aproveite-a, aprenda a ser auto suficiente, experimente coisas novas, esteja aberto para novas oportunidades, aceite os seus defeitos, dê ênfase as suas qualidades e coloque na cabeça de uma vez por todas que ninguém é insubstituível.